CAMPANHA DA FRATERNIDADE 1964
Igreja em renovação

A Igreja chama todos a colocarem seus carismas à disposição da vida pastoral para que possa aparecer no mundo a força, a ação e a transformação que provêm da polifonia Sagrada operada pelo Espírito Santo. A palavra aglutinadora é união. A Constituição Lumen Gentium, em construção no Concílio, diz que “todos dão testemunho da admirável unidade existente no corpo de Cristo. Pois a própria diversidade das graças, ministérios e trabalhos, unifica os filhos de Deus.” (LG, 80).
O que significava a unidade dos cristãos no Brasil de 1964? A concepção de que todos devem agir como irmãos e trabalhar em prol da dignidade. Nesse período, o Estado Brasileiro estava sob o Regime Militar,
“Caracteriza-se pelo elevado grau de autoritarismo e violência… Pela tentativa de controlar e sufocar amplos setores da sociedade civil, intervindo em sindicatos, reprimindo e fechando instituições representativas dos trabalhadores e estudantes, extinguindo partidos políticos, bem como, pela exclusão do setor popular e dos seus aliados da arena política” (GERMANO, 1994, p. 55).
A Igreja, como mãe e mestra, acolhe, educa e une. Nesse clima, chega a quaresma de 1965, e a Igreja, desta vez, volta-se para a renovação da estrutura paroquial.