Campanhas - CNBB

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 1972

Serviço e vocação

A Campanha de 1972 apresenta o Cristo como modelo de disponibilidade por excelência. É tempo de aprender com o Cristo a semear boas sementes. Canta-se: “Vamos servir. Jesus manda servir”. Lê-se: o serviço é a “semente que caiu em terra boa” e, por isso, rende 100, 60 e 30 frutos por um. (Mt 13,8). Com esse tema, conclui-se o ciclo conhecido como Primeira Fase da Campanha da Fraternidade. Durante esses 11 anos a Igreja tratou de reestruturar-se à luz das orientações do Vaticano II e da Conferência de Medellin.

 

Carta de Sua Santidade o Papa Paulo VI

 

Amados filhos do Brasil:

Mais uma vez estamos convosco, ao começar nova fase da CAMPANHA DA FRATERNI­DADE, no vosso imenso e belo País.

Sentimo-Nos felizes neste encontro!

Ele se realiza em Cristo: por ele, nos tornamos filhos de Deus; com ele, e em seu nome, queremos contribuir para um mundo mais fraterno; e por isso, nele nos achamos hoje unidos, em virtude do amor do seu Espírito, que nos foi dado.

Com ele, por ele e nele, vos saudamos com afeto, rendemos graças ao Pai que está nos céus, e lhe pedimos luzes e calor para os trabalhos e iniciativas desta Campanha, que se propôs o tema auspicioso: “DESCUBRA A FELICIDADE DE SERVIR”.

E como servir? — Imitando Cristo e observando o “mandamento novo” que dele recebemos: “Quem ama a Deus, ame também o seu irmão”, demonstrando-lhe esse amor por todos os meios ao seu alcance. E isso exige renúncia, identificação, de algum modo, com a pessoa amada, e muita generosidade.

Depois, considerai o que o mesmo Cristo ensina, sobre aqueles a quem devemos servir e que encontramos por toda a parte — nas cidades, nos campos, nos subúrbios e nas favelas: eles são os “mais pequeninos”, a estender-nos a mão, a solicitar a nossa ajuda e o nosso amor. Mas têm urna dignidade, que há de ser respeitada: “o que fizestes a um destes meus irmãos, mais pequeninos, a mim o fizestes”.

E nós, cristãos, se queremos descobrir e viver com Cristo a felicidade de servir, temos que morrer com Cristo para o individualismo, para o egoísmo e para o isolamento, a fim de ressuscitar com Cristo, para as alegrias da Páscoa:

“Fazei-vos servos uns dos outros, pela caridade”.

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