Campanhas - CNBB

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 1997

A Fraternidade e os Encarcerados

O objetivo geral:

Despertar a sensibilidade e solidariedade dos cristãos, e de todos os homens e mulheres de boa vontade, para com as vítimas e para com os encarcerados, ajudando-os a perceberem a realidade carcerária do Brasil e a se comprometerem na realização das mudanças necessárias. Acompanhar as vítimas e ajudá-las a enfrentar os seus problemas e a perdoar. Ajudar os presos e presas a se tornarem sujeitos ativos no seu processo de conversão e de reinserção na sociedade. Colaborar com as autoridades legislativas, judiciárias, policiais, penitenciárias na sua tarefa de fazer as reformas e as leis necessárias. Participar ativamente no processo de mudança da sociedade toda para superar os preconceitos, aprimorar a educação, e fiscalizar a aplicação das leis. Colaborar com os Meios de Comunicação Social e os formadores de opinião no desempenho das suas tarefas. Criar estruturas de atendimento e ajuda aos presos e seus familiares. Incentivar a busca de formas alternativas à pena de prisão e de implementar a sua realização. Ajudar os educadores e educadoras a realizar a educação para a fraternidade, a reconciliação e a responsabilidade pelo bem de todos. Estabelecer parcerias com as Igrejas e organizações da sociedade civil que trabalham nestes campos.

 

Carta de Sua Santidade o Papa João Paulo II

Caríssimos irmãos e irmãs em Jesus Cristo!

Queridos brasileiros:

Quando me invocar, eu o atenderei; Na tribulação estarei com ele; Hei de livrá-lo e o cobrirei de gloria“.

Com estas palavras da liturgia da Igreja do primeiro Domingo da Quaresma, vamos dar início à Campanha da Fraternidade deste ano, que tem como lema “Cristo liberta de todas as prisões”, para que todos os que me escutam pela Rádio ou pela Televisão, unidos ao Papa que lhes fala, possam sentir-se interpelados, como a mesma Conferência Nacional dos Bispos do Brasil vem sugerindo aos católicos de todo o Brasil, a progredir no caminho do perdão, do amor, da bondade, da justiça e do serviço aos outros.

Por uma feliz coincidência, 1997, dedicado à reflexão sobre Jesus Cristo, marca o início da fase preparatória do Grande Jubileu da Redenção do Ano 2000. O motivo que levou-me a escrever a Carta Apostólica “Tertio Millenio Adveniente” exortava a suscitar em “cada fiel um verdadeiro anseio de santidade, um forte desejo de conversão e renovamento pessoal, num clima de oração cada vez mais intensa e de solidário acolhimento do próximo, especialmente do mais necessitado” (42).

Neste sentido, a fraternidade, iluminada pela “caridade que vem de Deus “(1Jo 4,7), anima-nos a colaborar com o divino propósito de unir o que está dividido, de reconduzir o que se extraviou, de restabelecer a divina concórdia em toda a criação. Todos os nossos irmãos submetidos às mais diversas formas de prisão, especialmente pelo jugo do pecado, aguardam um gesto de paz e de solidariedade, mas sobretudo de justiça cristã, que possa reconduzi-los no caminho do bem e da esperança.

Faço votos de que Cristo, nossa Páscoa, ilumine sempre mais de paz e de compreensão os lares de todo o Brasil, e invoco a proteção e a misericórdia do Redentor dos homens pelos que sofrem no corpo e na alma, pelos jovens e anciãos: o Papa reza por todos, e os exorta a confiar em Maria Santíssima, a Mãe do Redentor, Nossa Senhora Aparecida, e a todos abençoa,

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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