Campanhas - CNBB

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2000

Dignidade Humana e Paz

O objetivo geral:

Unir as Igrejas cristãs no testemunho comum da promoção de uma vida digna para todos, na denúncia das ameaças à dignidade humana e no anúncio do evangelho da paz.

A campanha da fraternidade de 2000 foi ecumênica coordenada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Elas ajudaram a fortalecer o ecumenismo e foram importantes para a Igreja no Brasil.

Pe. José Alberto Vanzella comentando as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, diz como nasceram e os temas refletidos. “O Projeto Rumo ao Novo Milênio foi responsável pelo surgimento da Campanha da Fraternidade Ecumênica. ‘Temos pouca experiência no campo do diálogo e as atividades estão ainda em fase de experimentação. É necessário constituir grupos que desenvolvam estudos e iniciativas neste campo; promover atividades em colaboração com outras Igrejas e grupos culturais, começando pela celebração da Semana da Unidade. Sugere-se que a Campanha da Fraternidade do ano 2.000 seja ecumênica, em colaboração com o CONIC, assim como o manifesto sobre a Dívida Externa e a carta de princípios sobre o Brasil que queremos”.[1]

Para concretizar esta proposta, o CONIC coordenou os trabalhos de preparação, realização e avaliação da Campanha da Fraternidade do ano de 2000, que teve como tema: “Dignidade humana e paz, e como lema: “Novo milênio sem exclusões”.

O êxito conquistado por esta Campanha motivou o CONIC a solicitar uma nova Campanha da Fraternidade Ecumênica. O pedido foi apresentado formalmente na 40ª Assembleia Geral, que aconteceu em 2002 para que esta fosse realizada em 2005. A Assembleia aprovou o pedido e esta Campanha aconteceu, tendo como tema: “Solidariedade e paz” e como lema: “Felizes os que promovem a Paz”.

O pedido foi novamente apresentado à CNBB na sua 45ª Assembleia Geral, que aconteceu em 2007 e foi aprovado para o ano de 2010, que teve como tema: “Economia e vida”, e como lema: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

Por ocasião da 50ª Assembleia Geral, acontecida em 2012, o CONIC apresentou novamente o pedido para uma Campanha Ecumênica a ser celebrada em 2015. Como para 2015 havia o desejo de uma Campanha da Fraternidade lembrando os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, não foi aprovado o pedido.  Permanecendo em aberto, a celebração de uma Campanha da Ecumênica para o futuro”.

 

Carta de Sua Santidade o Papa João Paulo II

Caríssimos Irmãos e Irmãs do Brasil:

A Campanha da Fraternidade reveste-se de particular significado neste ano jubilar, em que, vêm-se juntar, nessa amada Terra da Santa Cruz, as celebrações dos quinhentos anos do seu descobrimento. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sugeriu como tema central “Dignidade Humana e Paz”, e Me congratulo com a iniciativa pois uma verdadeira paz não se pode construir se não através do respeito pela dignidade humana.

Na Quaresma, que hoje se inicia, abre-se promissor o sulco da graça de Deus que através da observância quaresmal da Igreja poderá contribuir para que os homens e as mulheres do nosso tempo possam viver, com maior empenho, os valores da paz, da liberdade, da vida divina e da perfeita comunhão com os irmãos. Neste tempo litúrgico, há um apelo premente a fim de que todos os cristãos unam-se, em fraterna disponibilidade, para uma nova aurora de solidariedade e de respeito pela dignidade humana, que é a de filhos de Deus redimidos por Jesus, nosso Irmão e Redentor.

O Brasil festejará, dentro de pouco, cinco séculos de história, que coincide com cinco séculos de evangelização. Ninguém deverá sentir-se excluído desta alegria. Possa o Divino Consolador fazer com que todos se sintam igualmente comprometidos a partilhar plenamente deste júbilo com seus irmãos na fé, sendo co­responsáveis com a Igreja em sua missão pastoral e salvadora. Por isso, elevo a Deus, rico em misericórdia, ardentes preces para que este Ano Santo seja tempo de abertura, de diálogo e de aproximação entre todos os cristãos na caminhada ecumênica promovida pelo CONIC, Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil, para que todos os homens creiam em Cristo. “Se souberem seguir o caminho que Ele indica, terão a alegria de dar o próprio contributo para a presença dEle no próximo século e nos sucessivos “(TMA, 60).

Sejam estes votos penhor do apreço do Papa para todos os brasileiros, para quem invoco abundantes graças de paz e de concórdia

em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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[1] CNBB, PRNM n.124.

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